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Copyright © Fifty Shades Ltd 2011

A autora publicou, inicialmente na internet e sob o pseudônimo

Snowqueen’s Icedragon, uma versão em capítulos desta história,

com personagens diferentes e sob o título Master of the Universe.

TÍTULO ORIGINAL

Fifty Shades of Grey

CAPA

Jennifer McGuire

IMAGEM DE CAPA

© Papuga2006 / Dreamstime.com

PREPARAÇÃO

Cristhiane Ruiz

REVISÃO

Milena Vargas

REVISÃO DE EPUB

Juliana Latini

Cristiane Pacanowski

GERAÇÃO DE EPUB

Intrínseca

E-ISBN

978-85-8057-219-3

Edição digitaclass="underline" 2012

Todos os direitos reservados à

EDITORA INTRÍNSECA LTDA.

Rua Marquês de São Vicente, 99, 3º andar

22451-050 – Gávea

Rio de Janeiro – RJ

Tel./Fax: (21) 3206-7400

www.intrinseca.com.br

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AGRADECIMENTOS

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Por toda a ajuda e o apoio, sou grata às seguintes pessoas:

A meu marido, Niall. Obrigada por tolerar minha obsessão, por ser um deus doméstico e por fazer a primeira revisão do livro.

A minha chefe, Lisa. Obrigada por me aturar no último ano, enquanto eu me entregava a esta loucura.

A CCL. Nunca vou contar, mas obrigada.

Às bunker babes originais. Obrigada pela amizade e pelo apoio permanente.

A SR. Obrigada por todos os conselhos práticos desde o início.

A Sue Malone. Obrigada pela ajuda.

A Amanda e a todas as TWCS. Obrigada pela aposta.

CAPÍTULO UM

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Encaro a mim mesma no espelho, frustrada. Maldito cabelo, que simplesmente não me obedece, e maldita Katherine Kavanagh que resolveu ficar doente e me submeter a essa tortura. Eu deveria estar estudando para as provas finais, que são daqui a uma semana, mas estou tentando amansar meu cabelo com a escova. Não devo dormir com ele molhado. Não devo dormir com ele molhado. Recitando várias vezes esse mantra, tento, mais uma vez, escová-lo até domá-lo. Reviro os olhos, exasperada, e fito a garota pálida de cabelo castanho e olhos azuis grandes demais para o rosto que me devolve o olhar, e desisto. Minha única opção é prender o cabelo rebelde num rabo de cavalo e torcer que eu esteja mais ou menos apresentável.

Kate é a garota com quem divido a casa, e ela escolheu logo hoje para ser vencida pela gripe. Portanto, não pode fazer a entrevista que conseguiu, com um megamagnata industrial de quem nunca ouvi falar, para o jornal da faculdade. Então ela me convocou como voluntária. Preciso meter a cara para as provas finais, tenho um ensaio para terminar e devia trabalhar hoje à tarde, mas não: vou dirigir duzentos e setenta quilômetros até o centro de Seattle para encontrar o enigmático CEO da Grey Enterprises Holdings, Inc. Como empresário excepcional e principal benemérito de nossa universidade, seu tempo é extraordinariamente precioso — muito mais precioso que o meu —, mas ele concordou em falar com Kate. Uma grande conquista, diz ela. Malditas atividades extracurriculares de Kate.

Ela está encolhida no sofá da sala.

— Ana, me desculpe. Levei nove meses para conseguir essa entrevista. Vou levar mais seis para remarcar, e a essa altura nós duas já estaremos formadas. Como editora, não posso cancelar tudo. Por favor — Kate implora, com a voz rouca por causa da dor de garganta.

Como ela faz isso? Mesmo doente, está graciosa e muito bonita, o cabelo louro-avermelhado no lugar e os olhos verdes luminosos, apesar de um pouco congestionados e lacrimejantes. Ignoro meu sentimento inoportuno de solidariedade.

— Claro que vou, Kate. E você deve voltar para a cama. Quer um remédio para gripe? Ou um Tylenol?

— Um remédio para gripe, por favor. Aqui estão as perguntas e o meu gravador. Basta apertar esse botão. Tome notas, eu transcreverei tudo.

— Não sei nada sobre ele — murmuro, tentando em vão conter meu pânico crescente.

— As perguntas vão ajudá-la. Vá. A viagem é longa. Não quero que se atrase.

— Tudo bem. Estou indo. Volte para a cama. Fiz uma sopa para você esquentar mais tarde. — Olho para ela com carinho. Só por você, Kate, eu faria isso.

— Vou esquentar. Boa sorte. E obrigada, Ana. Como sempre você está salvando a minha vida.

Pego minha mochila, lanço-lhe um sorriso irônico e depois saio para pegar o carro. Não posso acreditar que Kate me convenceu a fazer isso. Mas Kate consegue convencer qualquer um a fazer qualquer coisa. Ela vai ser uma jornalista excepcional. É articulada, forte, persuasiva, sabe argumentar bem, é bonita — e é minha melhor e mais querida amiga.

* * *

AS RUAS ESTÃO VAZIAS quando saio de Vancouver, Washington, em direção à Rodovia Interestadual 5. É cedo, e não preciso estar em Seattle antes das duas da tarde. Felizmente, Kate me emprestou sua Mercedes esportiva CLK. Não sei bem se com Wanda, meu fusca velho, eu chegaria a tempo. Ah, a Mercedes é gostosa de dirigir, e os quilômetros deslizam à medida que piso fundo no acelerador.

Meu destino é a sede da empresa global do Sr. Grey. Trata-se de um prédio comercial de vinte andares, todo de vidro e aço, um desses projetos arquitetônicos excêntricos, com o nome GREY HOUSE escrito discretamente em aço em cima das portas de vidro da entrada. São quinze para as duas quando chego e, com grande alívio por não estar atrasada, entro no saguão imenso — e, para ser sincera, intimidante —, todo de vidro, aço e arenito.

Atrás da mesa maciça de arenito, uma jovem loura muito atraente e bem-arrumada sorri para mim com simpatia. Está vestida com o mais elegante conjunto de terninho cinza e camisa branca que já vi. Parece imaculada.

— Estou aqui para falar com o Sr. Grey. Anastasia Steele da parte de Katherine Kavanagh.

— Um momento, Srta. Steele.

Ela ergue a sobrancelha ligeiramente quando paro sem jeito à sua frente. Começo a desejar ter pedido emprestado um dos blazers formais de Kate em vez de ter vindo com minha jaqueta azul-marinho. Fiz um esforço, e vesti minha única saia, minhas botas até o joelho e um suéter azul. Na minha opinião, isso já é elegante. Ponho uma das mechas rebeldes do meu cabelo para trás da orelha, fingindo que ela não me intimida.

— A Srta. Kavanagh está sendo aguardada. Assine aqui, por favor, Srta. Steele. É o último elevador à direita, vigésimo andar. — Ela sorri gentilmente para mim, sem dúvida se divertindo, enquanto assino.

Ela me entrega um crachá com a palavra “visitante” estampada com firmeza na frente. Não consigo conter um sorrisinho. Está na cara que só estou de visita. Não me encaixo aqui de jeito nenhum. É sempre a mesma coisa, suspiro internamente. Agradecendo-lhe, vou até os elevadores passando por dois seguranças, ambos muito mais bem-vestidos que eu com seus ternos pretos bem-cortados.

O elevador me leva zunindo, em alta velocidade, para o vigésimo andar. As portas se abrem e estou em outro amplo saguão — novamente de vidro, aço e arenito branco. Deparo com outra mesa de arenito e outra jovem loura, dessa vez impecavelmente vestida de preto e branco, que se levanta para me receber.