Выбрать главу

— Hmm.

— Isso é um sim? — Capto expectativa na voz dele.

— Hmm.

— Um não?

— Hmm.

Sinto seu sorriso.

— Srta. Steele, você está sendo incoerente?

Sorrio também.

— Hmm.

Ele ri e me abraça apertado, beijando o alto da minha cabeça.

— Então está combinado. Vegas amanhã.

Meio dormindo, levanto a cabeça.

— Acho que meus pais não ficariam muito felizes com isso.

Ele passa os dedos pelas minhas costas nuas, para cima e para baixo, acariciando-me ternamente.

— O que você quer, Anastasia? Vegas? Um casamento grande, com tudo a que tem direito? Vamos, diga.

— Grande não… Só os amigos e a família.

Ergo o olhar para ele, enternecida pela súplica silenciosa em seus brilhantes olhos cinzentos. O que ele quer?

— Tudo bem — concorda ele. — Onde?

Dou de ombros.

— Pode ser aqui? — pergunta Christian, hesitante.

— Na casa dos seus pais? Eles não vão se importar?

Ele resmunga.

— Minha mãe ficaria no sétimo céu.

— Aqui, então. Tenho certeza de que minha mãe e meu pai vão preferir.

Ele acaricia meu cabelo. Eu não poderia estar mais feliz.

— Bom, já resolvemos onde; agora vamos definir quando.

— Você tem que perguntar para a sua mãe, é claro.

— Hmm. — O sorriso dele desaparece. — Posso dar a ela um mês, no máximo. Quero muito você, não posso esperar mais que isso.

— Christian, eu já sou sua. Faz um bom tempo. Mas tudo bem: um mês está bom.

Eu beijo seu peito, um beijo suave e casto, e sorrio.

— Você vai se queimar muito — sussurra Christian em meu ouvido, tirando-me do meu cochilo.

— Você me faz incendiar por dentro. — Abro meu sorriso mais doce.

O sol do fim de tarde mudou de posição, de forma que os raios fortes incidem diretamente sobre mim. Ele sorri maliciosamente e, com um movimento rápido, puxa minha espreguiçadeira de volta para a sombra do guarda-sol.

— Agora está protegida do sol do Mediterrâneo, Sra. Grey.

— Obrigada por seu altruísmo, Sr. Grey.

— O prazer é todo meu, Sra. Grey, e não estou sendo nem um pouco altruísta. Se você se queimar demais, não vou conseguir tocá-la. — Ele ergue uma sobrancelha, seus olhos brilhando de jovialidade, e meu coração se derrete. — Mas suspeito que você já saiba disso, e está rindo de mim.

— Será? — digo, com um suspiro, fingindo inocência.

— Sim, você vive rindo de mim. É uma das muitas coisas que amo em você.

Ele se abaixa e me beija, mordendo de leve meu lábio inferior.

— Eu esperava que você me lambuzasse com mais protetor solar — digo, fazendo beicinho e colando os lábios nos dele.

— Sra. Grey, esse é um trabalho sujo… mas uma oferta que não posso recusar. Sente-se — ordena ele, a voz áspera.

Obedeço, e, com toques lentos e meticulosos de seus dedos fortes e dóceis, ele me cobre de protetor solar.

— Você é realmente linda. Sou um homem de sorte — murmura enquanto seus dedos deslizam sobre meus seios, espalhando a loção.

— Um homem de sorte, com certeza, Sr. Grey.

Fito-o recatadamente, piscando para fazer charme.

— Seu nome é modéstia, Sra. Grey. Vire-se. Vou passar nas suas costas.

Sorrindo, eu me viro, e ele desamarra o laço do meu biquíni escandalosamente caro.

— Como você se sentiria se eu fizesse topless, que nem as outras mulheres da praia? — pergunto.

— Incomodado — diz ele, sem hesitar. — Já não estou muito feliz em ver você usando tão pouca roupa agora. — Ele se inclina e sussurra em meu ouvido: — Não abuse da sorte.

— É uma ameaça, Sr. Grey?

— Não. É uma afirmação, Sra. Grey.

Solto um suspiro e balanço a cabeça. Ah, Christian… meu Christian possessivo, ciumento e maníaco por controle.

Quando acaba, ele dá uma palmada na minha bunda.

— Pronto, lindeza.

O BlackBerry dele, onipresente e sempre ativo, toca. Olho-o com desaprovação e ele sorri maliciosamente.

— É confidencial, Sra. Grey.

Ele ergue uma sobrancelha, brincalhão me dá mais uma palmada e se acomoda na espreguiçadeira para atender à ligação.

Minha deusa interior ronrona. Hoje à noite talvez nós duas possamos fazer algum espetáculo exclusivo para ele. Ela sorri com malícia e astúcia, levantando a sobrancelha. Eu sorrio só de pensar nisso, e mergulho novamente em minha siesta vespertina.

* * *

Mam’selle? Un Perrier pour moi, un Coca-Cola Diet pour ma femme, s’il vous plaît. Et quelque chose à manger… laissez-moi voir la carte.

Humm… O francês fluente de Christian me acorda. Meus cílios tremem à luz ofuscante do sol e percebo que ele me observa enquanto uma jovem uniformizada se afasta, a bandeja erguida, o comprido rabo de cavalo louro balançando provocativamente.

— Com sede? — pergunta ele.

— Sim — murmuro, sonolenta.

— Eu podia ficar apreciando você o dia inteiro. Cansada?

Fico vermelha.

— Não dormi muito na noite passada.

— Nem eu.

Ele sorri, pousa o BlackBerry na espreguiçadeira e se levanta. Sua bermuda abaixa um pouco… deixando visível o calção de banho. Christian tira a bermuda e o chinelo. Perco o fio do pensamento.

— Venha nadar comigo. — Ele oferece a mão e eu o fito, entorpecida. — Nadar? — repete ele, pendendo a cabeça para o lado com uma expressão de quem está achando graça. Quando não respondo, ele balança a cabeça lentamente. — Acho que você precisa de um toque de despertar.

De súbito, ele se lança sobre mim e me ergue nos braços. Eu solto um grito agudo, mais de surpresa do que de medo.

— Christian! Me ponha no chão! — exclamo.

Ele dá uma risadinha.

— Só na água, baby.

Na praia, vários banhistas observam, com um misto de perplexidade e desinteresse que agora percebo ser típico dos franceses, Christian me carregar para o mar, rindo, e entrar na água.

Agarro o pescoço dele.

— Você não faria isso — digo, sem fôlego, tentando abafar o riso.

Ele sorri.

— Ah, Ana, meu amor, você não aprendeu nada sobre mim no curto espaço de tempo desde que nos conhecemos?

Ele me beija, e eu aproveito a oportunidade para deslizar os dedos por seu cabelo, agarrando duas mechas e retribuindo o beijo, invadindo a boca dele com minha língua. Ele inspira forte e se inclina para trás, os olhos embaçados, mas atentos.

— Conheço o seu jogo — sussurra ele, e vagarosamente avança na água límpida e gelada, levando-me junto enquanto nossos lábios se grudam de novo. O frio do mar Mediterrâneo logo foge de minha mente quando me enrosco ao redor do meu marido.

— Pensei que você quisesse nadar — murmuro contra sua boca.

— Você me distrai muito. — Ele roça os dentes no meu lábio inferior. — Mas não sei se quero que a boa gente de Monte Carlo veja minha mulher nos espasmos da paixão.

Passo os dentes pelo pescoço dele, sua barba por fazer pinicando minha língua; não dou a mínima para a boa gente de Monte Carlo.

— Ana — geme ele.

Christian enrola meu rabo de cavalo em volta de sua mão e puxa gentilmente, fazendo minha cabeça pender para trás, expondo meu pescoço. Ele salpica beijos desde a minha orelha até a base da clavícula.

— Posso trepar com você no mar? — pergunta ele, arquejando.

— Deve — sussurro.

Christian afasta o torso e me encara, os olhos ternos, desejosos e cheios de humor.

— Sra. Grey, você é insaciável, e tão atrevida! Que tipo de monstro eu criei?

— Um monstro sob medida para você. Você iria me querer de outra maneira?

— Eu iria querer você de qualquer maneira, você sabe. Mas não agora. Não com plateia. — Ele vira a cabeça em direção à areia.