— Não resista — diz ele.
E eu me entrego, gemendo alto, meu orgasmo fazendo meu corpo entrar em convulsões, e ele para sua doce tortura e me envolve nos seus braços, segurando-me enquanto meu corpo se contorce em clímax. Quando abro os olhos, estou descansando no seu peito e ele está me fitando.
— Meu Deus, eu adoro ver você gozar, Ana. — Sua voz está maravilhada.
— Isso foi… — As palavras me faltam.
— Eu sei.
Ele se inclina para a frente e me beija, a mão ainda na minha nuca, segurando-me, inclinando minha cabeça para que ele possa me beijar profundamente — com amor, com reverência.
Fico perdida no seu beijo.
Ele se afasta para tomar fôlego, seus olhos da cor de uma tempestade tropical.
— Agora eu vou foder você com força — murmura ele.
Puta que pariu. Agarrando-me pela cintura, ele me levanta das suas coxas e me coloca na ponta dos seus joelhos, para então, com a mão direita, abrir o botão da sua calça azul-marinho. Os dedos da sua mão esquerda passeiam para cima e para baixo pela minha coxa, sempre parando no alto da minha meia. Ele me observa atentamente. Estamos cara a cara e eu estou impotente, toda envolta no meu sutiã e com as mãos presas pela calcinha. Este deve ter sido um dos nossos momentos mais íntimos — eu sentada no colo dele, olhando bem dentro dos seus lindos olhos cinzentos. Sinto-me uma devassa, mas também muito conectada a ele — não estou constrangida nem tímida. Este é Christian, meu marido, meu amante, meu megalomaníaco autoritário, meu Cinquenta Tons — o amor da minha vida. Ele abre o zíper, e minha boca fica seca quando sua ereção salta para fora.
Ele sorri maliciosamente.
— Você gosta? — pergunta ele, num sussurro.
— Hmm… — murmuro em aprovação.
Pegando-o, ele movimenta as mãos para cima e para baixo… Ai, meu Deus. Encaro-o com os olhos semicerrados. Cacete, ele é tão sexy…
— Está mordendo o lábio, Sra. Grey.
— É porque eu estou com fome.
— Fome? — Sua boca se abre em surpresa, e seus olhos quase se arregalam.
— Aham… — concordo, e passo a língua nos lábios.
Ele abre um sorriso enigmático e morde o lábio inferior enquanto continua se acariciando. Por que é tão excitante ver meu marido se dando prazer?
— Entendo. Você deveria ter comido o seu jantar. — Seu tom é ao mesmo tempo de zombaria e censura. — Mas talvez eu possa ajudá-la. — Ele coloca as mãos na minha cintura. — Levante-se — diz suavemente, e eu sei o que ele vai fazer.
Obedeço, minhas pernas não mais tremendo.
— Ajoelhe-se.
Faço o que ele manda: ajoelho-me no piso gelado do banheiro. Ele desliza para a frente na cadeira.
— Beije — profere ele, segurando sua ereção.
Olho-o de relance e vejo-o passar a língua pelos dentes superiores. É excitante, muito excitante ver o desejo dele, seu desejo nu por mim e pela minha boca. Inclinando-me para a frente, meus olhos nos dele, beijo a ponta da sua ereção. Vejo-o inspirar forte e cerrar os dentes. Christian segura a lateral da minha cabeça e eu passo a língua pela ponta, provando a pequena gota do líquido que repousa no final. Hmm… Que gosto bom. Sua boca se abre ainda mais quando ele inspira, e eu parto para o ataque, engolindo-o e chupando forte.
— Ah…
O ar sibila entre seus dentes e ele flexiona os quadris para a frente, enfiando ainda mais na minha boca. Mas eu não paro. Cobrindo os dentes com os lábios, eu desço e subo. Ele move ambas as mãos, de forma que agora segura totalmente minha cabeça, enterrando os dedos no meu cabelo, e então começa a se mexer devagar, entrando e saindo da minha boca, sua respiração cada vez mais rápida, mais áspera. Giro a língua em volta da ponta e o engulo de novo, em um perfeito contraponto ao movimento dele.
— Meu Deus, Ana.
Ele suspira e fecha os olhos com força. Ele está entregue, e é inebriante vê-lo reagir a mim. A mim. Muito devagar, contraio os lábios para trás, deixando só os dentes.
— Ah!
Christian para de se mexer. Dobrando-se para a frente, ele me agarra e me puxa para o seu colo.
— Chega! — murmura ele.
Alcançando minhas costas, ele solta minhas mãos com um puxão na minha calcinha. Flexiono os pulsos e encaro os olhos ardentes que me olham de volta com amor, desejo e luxúria. E percebo que sou eu que quero transar com este homem. Eu o quero demais. Quero vê-lo gozar enlouquecidamente embaixo de mim. Agarro sua ereção e monto nele. Colocando a outra mão no seu ombro, faço-o entrar em mim, muito devagar e delicadamente. Ele solta um barulho grave, gutural e selvagem e, com as mãos para cima, arranca minha blusa, deixando-a cair no chão. Suas mãos agarram meus quadris.
— Quieta. — Ele faz um ruído estridente, as mãos se enterrando na minha pele. — Por favor, deixe-me saborear isso. Saborear você.
Eu paro. Nossa… É tão bom senti-lo dentro de mim. Ele acaricia meu rosto, os olhos bem abertos e selvagens, os lábios semiabertos ao respirar. Ele se flexiona por baixo de mim e eu gemo, fechando os olhos.
— Esse é o meu lugar preferido — sussurra ele. — Dentro de você. Dentro da minha mulher.
Ai, cacete. Christian. Não consigo mais me conter. Meus dedos deslizam entre o seu cabelo molhado, minha boca procura a dele e eu começo a me movimentar. Subindo e descendo nos dedos dos pés, saboreando-o, saboreando a mim. Ele geme alto, e suas mãos estão no meu cabelo e nas minhas costas, e sua língua invade minha boca com avidez, tomando tudo o que eu ofereço com prazer. Depois da nossa discussão de hoje à tarde, minha frustração com ele, a dele comigo… Ainda temos isso. Sempre teremos isso. Eu o amo tanto que é quase esmagador. Ele segura minha bunda e começa a me controlar, erguendo-me e baixando-me, repetidas vezes, imprimindo seu ritmo — um ritmo quente e agradável.
— Ah! — gemo, impotente, dentro da sua boca, enquanto sou levada.
— Isso. Isso, Ana — sibila ele, e eu inundo de beijos seu rosto, seu queixo, sua mandíbula, seu pescoço. — Baby — diz ele, capturando minha boca mais uma vez.
— Ah, Christian, eu amo você. Sempre vou amar você. — Estou sem fôlego, querendo que ele saiba do meu amor, que tenha certeza disso depois da batalha de vontades que tivemos hoje mais cedo.
Ele geme alto e me abraça, no mesmo momento em que chega ao clímax, com um soluço lamurioso, e isso basta… isso basta para me deixar no limite de novo. Aperto os braços em volta da sua cabeça e me deixo levar, e gozo em volta dele, as lágrimas surgindo nos meus olhos por amá-lo tanto.
* * *
— EI — SUSSURRA ELE, levantando meu queixo e me fitando com uma preocupação discreta. — Por que está chorando? Machuquei você?
— Não — murmuro, tranquilizando-o.
Ele afasta o cabelo do meu rosto, seca uma lágrima solitária com o polegar e me beija ternamente na boca. Ainda está dentro de mim. Ele se mexe, e eu estremeço quando sai do meu corpo.
— O que houve, Ana? Por favor, diga.
Dou uma fungada.
— É só que… é só que às vezes eu me sinto esmagada pelo amor que sinto por você — sussurro.
Depois de um instante, ele abre seu sorriso tímido especial — reservado para mim, eu acho.
— Você provoca o mesmo em mim — sussurra ele, e me beija mais uma vez.
Sorrio, e por dentro minha alegria se desdobra e se estica preguiçosamente.
— Mesmo?
Ele sorri com malícia.
— Você sabe que sim.
— Às vezes eu sei. Não o tempo todo.