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— Obrigado — disse Gavallan, sentindo-se melhor. — Obrigado. Você mencionou a operação 'Turbilhão' para Tom Lochart quando ele esteve aqui?

— Claro. Ele disse para não contar com ele, Andy.

— Oh. — A sensação agradável desapareceu. — Então é assim. Se ele ficar, não poderemos executar o plano.

— Ele vai ter que ir, Andy, queira ou não — Starke disse cheio de piedade. — Ele está comprometido. Com ou sem Xarazade. Esta é a parte dura... com ou sem ela. Ele não pode escapar do que houve com o HBC, com Valik e Isfahan.

Depois de um momento, Gavallan disse:

— Acho que você tem razão. Injusto, não?

— Sim. Tom está bem, ele vai acabar compreendendo. Mas não tenho tanta certeza quanto a Xarazade.

— Mac e eu tentamos vê-la em Teerã. Fomos à casa dos Bakravan e batemos durante dez minutos. Não houve resposta. Mac foi até lá ontem também. Talvez eles simplesmente não estejam atendendo à porta.

— Isto não é típico dos iranianos. — Starke tirou a jaqueta e pendurou-a no hall. — Assim que Tom chegar aqui amanhã, vou mandá-lo para Teerã se ainda houver claridade suficiente, ou no mais tardar na segunda-feira de manhã. Eu ia tratar disso com Mac hoje à noite durante a nossa comunicação diária.

— Boa idéia. — Gavallan passou para o problema seguinte. — Também não sei o que fazer com relação a Erikki. Estive com Talbot e ele disse que veria o que pode fazer, depois fui até a embaixada da Finlândia e falei com um primeiro-secretário chamado Tollonen e também contei a ele. Ele pareceu muito preocupado, e sem saber o que fazer. "Este é um país selvagem e a fronteira é tão instável quanto a rebelião, insurreição ou luta que está acontecendo lá.

Se a KGB estiver envolvida..." Ele deixou isso solto no ar, Duke, assim mesmo: "Se a KGB estiver envolvida..."

— E quanto a Azadeh, o pai dela, o khan, não pode ajudar?

— Parece que todos tiveram uma briga danada. Ela estava muito abalada. Eu pedi a ela para esquecer os seus documentos iranianos e embarcar no 125 e esperar por Erikki em Al Shargaz, mas ela recusou terminantemente. Não vai arredar pé daqui até o Erikki aparecer. Eu mostrei a ela que o khan faz as suas próprias leis. Ele pode alcançá-la aqui em Teerã e raptá-la facilmente, se quiser. Ela disse: "Insha'Allah."

— Erikki está bem. Eu aposto. — Starke estava confiante. — Os seus deuses ancestrais vão protegê-lo.

— Espero que sim. — Gavallan não tinha tirado o casaco. Mesmo assim, ainda estava com frio. Pela janela, ele podia ver que o reabastecimento ainda não terminara. — Que tal uma xícara de café antes de partir?

— Claro. — Starke foi até a cozinha. Sobre a pia, havia um espelho e sobre o fogão em frente, uma velha tapeçaria emoldurada que uma amiga de Falls Church dera a Manuela de presente de casamento. PÉSSIMA COMIDA CASEIRA. Ele sorriu, lembrando-se de como eles tinham rido ao recebê-la, depois notou o reflexo de Gavallan no espelho, olhando para o mapa. Devo estar louco, pensou, voltando a se preocupar com os seis dias e com os dois helicópteros. Como é que vamos conseguir limpar a base e ainda nos manter inteiros, porque de um jeito ou de outro Andy está com a razão, nós estamos acabados aqui. Devo estar louco para concordar em participar da operação. Mas que diabo, você não pode pedir a um dos seus rapazes para ser voluntário se você mesmo não for. Sim, mas...

Houve uma batida na porta, que se abriu em seguida. Freddy Ayre disse baixinho:

— 'Pé-quente' está vindo para cá com um Faixa Verde.

— Entre, Freddy, e feche a porta — disse Starke. Eles esperaram em silêncio. Houve uma batida imperiosa. Ele abriu a porta e viu o sorriso arrogante de Esvandiary, reconhecendo instantaneamente o jovem Faixa Verde como sendo um dos homens do mulá Hussein e também um membro do komiteh do seu interrogatório.

— Salaam — disse educadamente.

— Salaam, aga — disse o Faixa Verde, com um sorriso tímido. Ele usava óculos de lentes grossas e rachadas, roupas puídas e um M16.

Por um momento, a mente de Starke falhou e ele se ouviu dizendo:

— Sr. Gavallan, acho que o senhor conhece 'Pé-quente'.

— O meu nome é Esvandiary. Sr. Esvandiary! — O homem disse, zangado. — Quantos vezes eu vou ter que lhe dizer isso? Gavallan, seria bom para a sua operação livrar-se deste homem antes que o expulsemos como indesejável.

Gavallan enrubesceu com a grosseria do outro.

— Agora, espere um minuto, o capitão Starke é o melhor capi...

— Você é 'Pé-quente' e também um filho da puta — explodiu Starke, brandindo o punho, subitamente tão perigoso que Ayre e Gavallan ficaram apavorados, Esvandiary recuou um passo e o jovem Faixa Verde abriu a boca. — Você sempre foi 'Pé-quente' e eu o chamaria de Esvandiary ou de qualquer outro maldito nome que você quisesse se não fosse pelo que você fez com o capitão Ayre. Você é um filho da puta e merece uma lição e vai levar uma muito em breve!

— Eu vou levá-lo diante do komiteh aman..

— Você é um covarde comedor de merda, portanto vá tomar no cú. — Starke virou-se insolentemente para o Faixa Verde que ainda estava olhando para ele de boca aberta e, sem fazer uma pausa, mudou para farsi, com a voz agora educada e respeitosa. — Excelência, eu disse a este cão — ele fez um sinal grosseiro com o polegar na direção de Esvandiary — que ele é um comedor de merda, um covarde, que precisa de homens armados para protegê-lo enquanto ele manda que outros homens surrem e ameacem membros desarmados e pacíficos da minha tribo, contra a lei, que não...

Sufocado de raiva, Esvandiary tentou interromper, mas Starke não deixou.

— ... que não quer me enfrentar como homem, com faca, espada, revólver ou punhos, de acordo com o costume entre os beduínos, para evitar um duelo de sangue, e também de acordo com o meu costume.

— Duelo de sangue? Você enlouqueceu! Em nome de Deus, que duelo de sangue? Duelos de sangue são contra a lei... — Esvandiary gritou e continuou a discussão, com Gavallan e Ayre assistindo sem poder fazer nada, sem entender farsi e completamente atônitos pela explosão de Starke.

Mas o jovem Faixa Verde não deu ouvidos a Esvandiary, depois levantou a mão, ainda maravilhado com Starke e sua sabedoria e nem um pouco invejoso.

— Por favor, Excelência Esvandiary — disse, com os olhos aumentados pela grossura das lentes velhas e rachadas, e quando se fez silêncio, ele disse a Starke: — O senhor reivindica o antigo direito de um duelo de sangue contra este homem?

Starke podia sentir o coração batendo e ouviu sua voz responder com firmeza:

— Sim — sabendo que era um jogo perigoso, mas que ele tinha que ar riscar. — Sim.

— Como pode um infiel reivindicar esse direito? — disse Esvandiary, furioso. — Isso aqui não é o deserto da Arábia Saudita, as nossas leis proíbem..

— Eu reivindico esse direito!

— Seja como Deus quiser — disse o Faixa Verde e olhou para Esvandiary — Talvez este homem não seja um infiel, não verdadeiramente. Este homem pode reivindicar o que quiser, Excelência.

— Você está louco? É claro que ele é um infiel e você não sabe que esses malditos duelos são contra a lei? Seu idiota, isso é contra a lei, é..

— O senhor não é um mulá! — disse o rapaz, zangado. — O senhor não é um mulá para dizer o que é contra a lei! Cale a boca! Eu não sou nenhum camponês analfabeto, eu sei ler e escrever e sou um membro do komiteh para manter a paz aqui e agora o senhor está ameaçando esta paz. — Ele olhou para Esvandiary, que mais uma vez recuou. — Eu vou perguntar ao komiteh e ao mulá Hussein — ele disse para Starke. — Há pouca chance deles concordarem, mas... seja como Deus quiser. Eu concordo que a lei é a lei e que um homem não precisa de outros homens armados para surrar homens inocentes contra a lei, nem mesmo para castigar o mal, por pior que seja, apenas da força de Deus. E se virou para sair