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— Que horror!

— Sim. Havia um certo capitão Ross com ele. Ele também ficou ferido. Acho que você o conhece.

— Sim, sim, eu o conheci. Ele ajudou a esposa de um dos nossos pilotos a sair de uma encrenca em Tabriz. Um rapaz simpático. Ele está muito ferido?

— Nós não sabemos, é tudo muito confuso, mas a nossa embaixada em Teerã mandou-o para o Hospital Internacional do Kuwait ontem. Amanhã eu vou saber direito e digo para você. Agora, você me perguntou se eu podia descobrir o paradeiro do capitão Erikki Yokkonen. — Houve uma pausa e o ruído de papéis e Gavallan ficou de dedos cruzados. — Nós recebemos um telex esta noite de Tabriz, pouco antes de eu sair do escritório: "Em resposta às suas indagações a respeito do capitão Erikki Yokkonen, acredita-se que ele tenha escapado dos seus seqüestradores e que esteja agora com a sua esposa na palácio de Hakim Khan. Um relatório mais detalhado será encaminhado amanhã, assim que isto possa ser verificado."

— Você quis dizer Abdullah Khan, Roger. — Excitadamente, Gavallan cobriu o bocal e cochichou para Scot: — Erikki está a salvo!

— Fantástico! — Scot disse, imaginando quais teriam sido as más notícias.

— O telex diz Hakim Khan — Newbury estava dizendo.

— Não faz mal, graças a Deus ele está a salvo. — E graças a Deus foi removido mais um grande empecilho à operação Turbilhão, pensou. — Você podia mandar-lhe uma mensagem minha?

— Eu poderia tentar. Ligue amanhã. Não posso garantir que vá chegar a ele, a situação no Azerbeijão ainda é muito instável. Mas podemos tentar.

— Não sei como posso agradecer-lhe, Roger. Foi muita gentileza sua informar-me. Sinto muito sobre Talbot e o jovem Ross. Se houver algo que eu possa fazer para ajudar Ross, fale comigo.

— Sim, sim, farei isto. A propósito, nós estamos sabendo. — Isto foi dito de sopetão.

— Perdão?

— Vamos dizer, 'Turbulências' — Newbury disse delicadamente. Por um momento, Gavallan ficou em silêncio, depois se recuperou.

— Ah, é?

— É. Parece que um certo sr. Kasigi queria que você prestasse serviços à Irã-Toda a partir de ontem e você disse a ele que não poderia lhe dar uma resposta antes de trinta dias. Então nós, ahn, somamos dois mais dois e com todos os boatos que andam por aí ficamos curiosos.

Gavallan estava tentando manter-se calmo.

— Não prestar serviços à Irã-Toda é uma decisão comercial, Roger, nada mais. Atualmente é muito difícil operar no Irã, você sabe disso. Eu não poderia assumir uma tarefa extra.

— É mesmo? — A voz de Roger ficou seca. Então, ele acrescentou severamente: — Bem, se o que soubemos é verdade, nós o aconselhamos a não fazê-lo.

Gavallan disse teimosamente:

— Você certamente não me aconselharia a apoiar a Irã-Toda quando todo o Irã está se desintegrando, não é?

Mais uma pausa. Um suspiro. Então.

— Bem, não quero prendê-lo, Andy. Talvez,possamos almoçar juntos No sábado.

— Sim, obrigado, eu teria muito prazer. — Gavallan desligou.

— Qual foi a má notícia? — Scot perguntou.

Gavallan contou-lhe a respeito de Talbot e Ross e depois sobre 'Turbulências'. — Isto está perto demais de Turbilhão para ser engraçado.

— Que história é essa a respeito de Kasigi?

— Ele queria imediatamente dois 212 de Bandar Delam para prestarem serviço à Irã-toda. Eu tive que desconversar. — O encontro deles fora breve e direto:

— Sinto muito, sr. Kasigi, não é possível atendê-lo esta semana nem na próxima. E não poderei fazê-lo nos próximos trinta dias.

— Mas meu diretor ficaria muito grato. Acho que o senhor o conhece?

— Sim, e se eu pudesse ajudar, certamente o faria. Sinto muito, mas não é possível.

— Mas... então o senhor pode sugerir uma alternativa? Eu preciso do apoio de helicópteros.

— Que tal uma companhia japonesa?

— Não há nenhuma. Existe... existe mais alguém que possa me atender?

— Não que eu saiba. A Guerney jamais voltará, mas eles podem saber de alguém. — Ele tinha dado o telefone da Guerney para ele e o infeliz japonês tinha ido embora.

Ele olhou para o filho.

— Foi uma pena, mas eu não podia fazer nada por ele.

— Se a notícia tiver se espalhado... — Scot ajeitou a tipóia. — Se a notícia tiver se espalhado, então temos que dar o fora. Mais um motivo para apressar as coisas.

— Ou para cancelar a operação. Acho que vou dar uma passada no hospital para ver Duke. Comunique-se comigo se alguém ligar. Nogger vai substitui-lo?

— Sim. À meia-noite. Jean-Luc ainda está com lugar reservado no vôo da madrugada para Bahrain e Pettikin para o Kuwait. Eu confirmei as reservas. — Scot ficou olhando para ele.

Gavallan não respondeu à pergunta não formulada

— Deixe as coisas como estão por enquanto. — Ele viu o filho sorrir e concordar e seu coração encheu-se de amor, orgulho e preocupação por ele, misturado com suas próprias esperanças de um futuro que dependia dele ser capaz de arrancar todos eles das garras do Irã. Ficou surpreso ao se ver perguntando:

— Você não gostaria de deixar de pilotar, rapaz?

— O quê?

Gavallan sorriu do espanto do filho. Mas agora que tinha falado, resolveu continuar.

— Isto faz parte de um plano a longo prazo. Para você e a família. De fato eu tenho dois planos... só entre nós. É claro que os dois dependem de nós continuarmos no negócio ou não. O primeiro é você desistir de pilotar e ir para Hong Kong por uns dois anos para aprender sobre o ramo de lá da Struan's, depois você voltaria para Aberdeen talvez por mais um ano e depois tornaria a voltar para Hong Kong onde ficaria trabalhando. O segundo seria para você fazer um curso sobre X63, passar uns seis meses nos Estados Unidos, talvez um ano, aprendendo esta parte do negócio, depois passaria uma temporada no mar do Norte. E depois iria para Hong Kong.

— Sempre de volta a Hong Kong?

— Sim. A China algum dia abrirá as portas à exploração de petróleo e eu e Ian queremos que a Struan's esteja preparada com uma operação completa, helicópteros de apoio, plataformas, o pacote todo. — E sorriu estranhamente. "Petróleo para as lamparinas da China" era o código para o plano secreto de Ian Dunross, do quai Linbar Struan não estava a par. — A Air Struan será a nova companhia e ficará responsável pela China, os mares da China e toda a bacia da China. O nosso plano é que você dirija esta companhia.

— Não há muito potencial lá — Scot disse com uma indiferença fingida. — Você acha que a Air Struan terá algum futuro? — E então ele deixou o sorriso aparecer.

— Mais uma vez, isto é só entre nós, Linbar ainda não sabe disto. Scot franziu a testa.

— Ele vai aprovar a minha ida para lá, entrando para a Struan's e fazendo tudo isto?

— Ele me odeia, Scot, não a você. Ele não se opôs ao seu namoro com a sobrinha dele, se opôs?

— Ainda não. Não, não se opôs ainda.

— O momento é este e nós temos que ter um plano para o futuro, para a família. Você está na idade certa, eu acho que você poderia fazer isto. — Gavallan animou-se. — Você é metade Dunross, é um descendente direto de Dirk Struan, e portanto tem responsabidades que estão além da sua própria vontade. Você e sua irmã herdaram as ações da sua mãe, você poderá candidatar-se ao conselho interno se for bom o bastante. Aquele cretino do Linbar vai ter que se aposentar algum dia, nem mesmo ele vai conseguir destruir completamente a Casa Nobre. O que você acha do meu plano?

— Eu gostaria de pensar um pouco sobre isto, papai. O que há para pensar, rapaz?, ele pensou.

— Boa noite, Scot, talvez eu passe por aqui mais tarde. — Ele bateu-lhe de leve no ombro e saiu. Scot não vai me desapontar, ele disse a si mesmo, cheio de orgulho.