Выбрать главу

— Vou telefonar para o hospital, Andy, voltarei em um segundo — e saiu correndo. Nogger dava pulos de alegria e Gavallan dizia, alegre:

— Acho que todos os que não estão pilotando merecem uma boa garrafa de cerveja!

EM KOWISS: McIver desligou o aparelho e recostou-se na cadeira, tentando acalmar-se, sentindo-se estranho — a cabeça leve e a mão pesada.

— Não faz mal, vamos em frente! — disse.

Estava calmo na torre, exceto pelo barulho do vento que fazia ranger a porta que, na pressa, ele tinha deixado aberta. Ele a fechou e viu que a chuva tinha parado, apesar das nuvens ainda estarem ameaçadoras. Então ele viu que seu dedo ainda estava sangrando. Ao lado do HF havia uma toalha de papel e ele arrancou um pedaço e enrolou o dedo de qualquer jeito. Suas mãos estavam tremendo. Num súbito impulso, ele saiu e se ajoelhou ao lado do conector. Precisou de toda a sua força para soltá-lo. Depois ele tornou a checam a torre, enxugou o suor da testa e desceu as escadas.

Lochart e Wazari estavam no escritório de Esvandiary. Wazari com a barba por fazer e imundo, uma eletricidade estranha no ar. Não há tempo de me preocupar com isso, pensou McIver, Scrag e Rudi já estão no ar.

— Bom dia, sargento — McIver disse secamente, consciente do olhar de Lochart. — Eu pensei que tivesse lhe dado o dia de folga, nós não temos nenhum tráfego importante hoje.

— Sim, capitão, o senhor deu, mas eu, ahn, não consegui dormir e... não me sinto seguro na base. — Wazari notou o rosto vermelho de McIver e o curativo de papel. — O senhor está bem?

— Estou muito bem, apenas cortei o dedo numa janela quebrada. — McIver olhou para Lochart que suava tanto quanto ele — É melhor irmos andando, Tom. Sargento, nós vamos checar os 212. — Ele viu Lochart olhá-lo rapidamente.

— Sim senhor, vou informar a base. — disse Wazari.

— Não há necessidade. — Momentaneamente, McIver ficou sem saber o que dizer, e então a resposta veio-lhe à cabeça. — Para o seu próprio bem, se você for ficar por aqui, é melhor ír-se preparando para enfrentar o ministro Kia.

O rosto do homem perdeu a cor

— O quê?

— Ele deve estar aqui daqui a pouco para a viagem de volta a Teerã. Você não foi a única testemunha contra ele e aquele desgraçado do 'Pé-quente'?

— Claro, mas eu ouvi o que eles conversaram — disse Wazari, sentindo necessidade de se justificar. — Kia é um filho da mãe e um mentiroso, assim como 'Pé-quente', e eles estavam tramando aquilo tudo. O senhor se esqueceu que foi 'Pé-quente' quem mandou que batessem em Ayre? Eles quase o mataram, o senhor se esqueceu disso? Tudo o que eu disse sobre Esvandiary e Kia foi verdade.

— Tenho certeza que sim. Eu acredito em você. Mas se ele o vir, vai ficar uma fera, não vai? E também a equipe do escritório, eles estavam todos muito zangados. Eles certamente vão entregá-lo. Talvez eu possa distrair Kia — disse McIver, na esperança de mantê-lo do lado deles —, talvez não. Se eu fosse você, me manteria fora de circulação, não fique por aqui. Vamos, Tom. — McIver se virou para sair, mas Wazari ficou no caminho.

— Não se esqueça de que fui eu que evitei um massacre dizendo que a carga de Sandor tinha se soltado, se não fosse por mim ele estaria morto, se não fosse por mim, todos vocês estariam diante de um komiteh... o senhor tem que me ajudar... — As lágrimas escorriam-lhe pelo rosto — o senhor tem que me ajudar...

— Farei o que puder — disse McIver, com pena dele, e saiu. Lá fora ele teve que se controlar para não ir correndo atrás dos outros, sabendo da ansiedade deles, então Lochart alcançou-o.

— Turbilhão? — perguntou, tendo que andar depressa para acompanhá-lo.

— Sim, Andy deu o sinal verde às sete em ponto, conforme estava combinado, Scrag e Rudi escutaram e provavelmente já estão a caminho — disse McIver, atropelando as palavras, sem perceber o súbito desespero de Lochart. Eles chegaram junto de Ayre e dos mecânicos.

— Turbilhão! — McIver exclamou e a palavra soou como um toque de clarim para todos eles.

— Ótimo. — Freddy Ayre manteve a voz calma, controlando a excitação que sentia por dentro. Os outros não.

— Por que o atraso? O que foi que aconteceu?

— Conto-lhes mais tarde, vamos começar logo com isso! — McIver dirigiu-se para o primeiro 212, Ayre para o segundo, com os mecânicos pulando para dentro das cabines. Neste momento, um carro oficial trazendo o coronel Changiz e alguns soldados fez a curva e parou diante do prédio de escritórios. Todos os soldados traziam armas e estavam usando braçadeiras verdes

— Ah, capitão, o senhor vai levar o ministro Kia de volta para Teerã? - Changiz parecia um pouco afobado e zangado.

— Sim, sim, às dez horas.

— Eu recebi um recado de que ele queria antecipar a sua partida para as oito horas, mas o senhor não deve ir antes das dez, conforme está determinado. Está claro?

— Sim, mas o..

— Eu teria telefonado, mas os seus telefones estão mudos de novo e há algt errado com o rádio de vocês. Vocês não checam o seu equipamento? Estava funcionando e depois parou. — McIver viu o coronel olhar para os três helicópteros alinhados, e começar a caminhar na direção deles. — Eu não sabia que haveria vôos de inspeção hoje.

— Só estamos checando um deles e os outros têm que testar os instrumentos para a mudança de pessoal amanhã na plataforma Abu Sal, coronel — disse McIver, apressadamente, e, para distraí-lo: — Qual é o problema com o ministro Kia?

— Não há nenhum problema — disse, irritado, então deu uma olhada no relógio e mudou de idéia quanto a inspecionar os helicópteros. — Mande alguém consertar o rádio e venha comigo. O mulá Hussein quer vê-lo. Estaremos de volta a tempo.

Lochart começou a falar:

— Eu posso levar o capitão McIver daqui a um minuto, há algumas coisas aqui que ele...

— Hussein quer ver o capitão McIver, não você. Vá tratar do rádio! — Changiz mandou que os homens esperassem por ele, entrou no carro e fez sinal a McIver para sentar-se a seu lado. Impassível, McIver obedeceu. Changiz arrancou e seu motorista caminhou na direção do escritório, os outros soldados se espalharam, espiando os helicópteros. Os dois 212 estavam lotados com o resto das peças importantes, que tinham sido carregadas na noite anterior. Tentando parecer naturais, os mecânicos fecharam as portas da cabine e começaram a limpar os aparelhos.

Ayre e Lochart ficaram olhando para o carro que se afastava.

— E agora? — perguntou Ayre.

— Não sei, não podemos partir sem ele. — Lochart sentiu o estômago embrulhado.

EM BANDAR DELAM: 7:26H. Os quatro 212 estavam do lado de fora do hangar, prontos para decolarem. Fowler Joines e os outros três mecânicos estavam enfiados no fundo da cabine, esperando impacientemente. Havia tambores de oitocentos litros de gasolina amarrados lá dentro. Muitos caixotes de peças. Malas escondidas debaixo de lonas.

— Andem logo, pelo amor de Deus — disse Fowler e enxugou o suor. O ar da cabine estava pesado com o cheiro de gasolina.

Pela porta aberta da cabine, ele podia ver Rudi, Sandor e Pop Kelly ainda esperando no hangar, com tudo pronto, conforme o planejado, exceto pelo último piloto, Dubois, que estava dez minutos atrasado e ninguém sabia se ele

havia sido interceptado pelo gerente da base, Numir, por um dos funcionários ou pelos Faixas Verdes. Então ele viu Dubois sair pela porta e quase teve um ataque. Com uma indiferença Gaulesa, Dubois estava carregando uma mala, e tinha uma capa pendurada no braço. Quando ele passou pelo escritório, Numir apareceu na janela.

— Vamos — disse Rudi e andou em direção à sua cabine o mais calmamente que pôde, colocou o cinto e ligou os motores. Sandor fez o mesmo, Pop Kelly um segundo atrás dele, e os rotores foram ganhando velocidade. Sem nenhuma pressa, Dubois jogou a mala para Fowler, pendurou cuidadosamente a capa e sentou no lugar do piloto, ligando imediatamente o aparelho, sem se importar com o cinto nem em checar os instrumentos. Fowler estava praguejando incoerentemente. Os jatos estavam trabalhando lindamente e Dubois cantarolou uma canção, ajustou os fones nos ouvidos e quando estava tudo preparado, amarrou o cinto. Ele não viu Numir vir correndo do escritório.