Выбрать главу

— Não há problema, Rudi, está funcionando perfeitamente — disse Faganwitch pelo interfone. — Nós temos tempo bastante para reabastecer, certo? Estamos no horário e dentro do que foi planejado, certo?

— Oh, sim. — Mesmo assim, Rudi tornou a calcular a distância, encontrando sempre a mesma resposta: o suficiente para alcançar Bahrain, mas não o suficiente para a quantidade de combustível de reserva.

— Teerã, aqui é Bandar Delam, está me ouvindo? — A voz de Jahan soou nos seus fones de novo, irritando-o com sua persistência. Por um momento ele ficou tentado a desligar, mas achou que seria muito arriscado.

— Bandar Delam, aqui é Teerã, estamos ouvindo quatro por cinco, continue!

Houve uma explosão de farsi. Rudi ouviu várias vezes o nome "Siamaki", mas não entendeu quase nada além disso, enquanto os dois operadores falavam e então reconheceu a voz de Siamaki, irritada, arrogante e muito zangada.

— Aguarde, Bandar Delam! Al Shargaz, aqui é Teerã, está me ouvindo? — E mais zangado ainda: — Al Shargaz, aqui é o diretor Siamaki, está me ouvindo? — Nenhuma resposta. A chamada foi repetida, depois houve mais uma explosão de farsi e então Faganwitch gritou:

— Lá na frente, cuidado!

O superpetroleiro, com quase meio quilômetro de comprimento, estava crescendo na direção deles, ameaçadoramente, no meio da neblina, navegando em direção ao terminal do Iraque com a buzina de nevoeiro tocando. Rudi viu que estava perdido, não havia tempo de subir, não havia espaço para desviar o helicóptero para a esquerda nem para a direita, senão ele entraria em colisão com os outros, então começou a fazer uma parada de emergência. Kelly, à sua esquerda, desviou-se perigosamente para a esquerda, passando rente à popa. Sandor, na extrema direita, fez a volta pela proa. Dubois, em perigo, acelerou ao máximo, empurrou o controle para a direita e para trás, fazendo uma curva fechada em subida, cada vez mais fechada — cinqüenta, sessenta, setenta, oitenta graus, com a proa se aproximando dele, não vou conseguir, espèce de con..., não vou conseguir, controle para trás, a força G chupando a ele e a Fowler para o fundo dos assentos, a amurada do navio se aproximando deles, e então passaram a milímetros do deque de proa, com a tripulação correndo apavorada. Uma vez a salvo, Dubois deu uma volta de 180 graus para voltar para perto de Rudi, na esperança de que este tivesse conseguido diminuir o impacto e descido no mar.

Rudi estava com o controle puxado para trás, o nariz para cima, desacelerado, vendo o velocímetro cair, o nariz um pouco mais alto, o sinal de estol gemendo, não vou conseguir, o aviso de estol gritando, a qualquer momento ele vai despencar do céu, o petroleiro a poucos metros de distância, vendo rebites, vigias, ferrugem, pintura descascada, chegando mais perto deles mas mais devagar, mais devagar, tarde demais, tarde demais, mas talvez o suficiente para diminuir o impacto, agora caindo, controle para a frente, força total momentaneamente para diminuir o terrível impacto e a queda e de repente o aparelho estava flutuando um metro acima das ondas, com os esquis a centímetros do casco do petroleiro que passou deslizando suavemente por eles. Rudi conseguiu recuar um metro, depois outro e flutuou.

Quando seus olhos entraram em foco, ele olhou para cima. Na ponte do navio, tão alto que ele podia ver os oficiais olhando para ele lá embaixo, a maioria estava sacudindo os punhos com raiva. Um homem com a cara roxa de raiva estava gritando para eles com um alto-falante:

— Maldito idiota! — Mas ele não conseguiu ouvi-lo. A popa passou por eles, deixando uma esteira agitada que salpicou-os de água. O caminho à frente estava livre.

— Eu... eu vou ter que ir ao banheiro. — Faganwitch começou a engatinhar de volta para a cabine.

Faça por mim também, Rudi estava pensando, mas não teve forças para falar. Seus joelhos estavam tremendo e os dentes batiam.

— Cuidado — murmurou, então acelerou, ganhou altura e velocidade e em pouco tempo estava a salvo. Nenhum sinal dos outros. Então viu Kelly se aproximando, procurando por ele. Quando Kelly o viu, balançou o aparelho para um lado e para o outro, feliz, erguendo o polegar. Para evitar que os outros desperdiçassem combustível, voltando para procurá-lo, Rudi pôs os lábios bem perto do microfone e disse:

— Ponto-ponto-ponto-traço, ponto-ponto-ponto-traço, ponto-ponto-ponto-traço. O código particular que eles tinham combinado, indicando que cada um deveria seguir para Bahrain por sua conta, e para que soubessem que ele estava a salvo. Ele ouviu Sandor responder com o mesmo sinal de morse, depois Dubois, que surgiu ao seu lado no meio da neblina, aumentando a estática, e depois se afastou. Mas Pop Kelly estava sacudindo a cabeça, indicando que preferia ir junto com ele. Ele apontou para a frente

Mais uma vez eles ouviram:

— Al Shargaz, aqui é aga Siamaki em Teerã, está me ouvindo? — Depois mais farsi. — Al Shargaz.

NO QG DE AL SHARGAZ: "...aqui é aga Siamaki... — Então outra explosão de farsi. Gavallan tamborilou na mesa, aparentemente calmo, mas fervendo por dentro. Ele não tinha conseguido falar com Pettikin antes dele partir para o hospital e não havia o que pudesse fazer para tirar Siamaki e Numir do ar. Scot ajustou o volume ligeiramente, diminuindo o som do falatório, fingindo não estar ligando. Manuela disse com voz rouca: — Ele está uma fera, Andy

EM LENGEH: 9:26H. Scragger estava enchendo o tanque do carro da polícia. A mangueira escapuliu, transbordando e sujando-o de gasolina. Murmurando um palavrão, ele soltou a alavanca e pendurou a mangueira na bomba. Dois Faixas Verdes estavam ali perto, observando atentamente. O cabo apertou a tampa do tanque. Qeshemi falou com Ali Pash por alguns instantes.

— Sua Excelência está perguntando se o senhor poderia ceder-lhe alguns tambores de vinte litros. Evidentemente, cheios.

— Claro. Por que não? Quantos ele quer?

— Ele diz que poderia levar três na mala e dois dentro do carro. Cinco.

— Então cinco.

Scragger encontrou os tambores e encheu-os e, juntos, eles os colocaram no carro de polícia. Este carro é um verdadeiro coquetel molotov, pensou. Nuvens de tempestade estavam se formando rapidamente. Houve um relâmpago nas montanhas.

— Diga-lhe que é melhor não fumar dentro do carro

— Sua Excelência manda agradecer-lhe.

— Às ordens. — Ouviu-se uma trovoada nos lados da montanha. Mais relâmpagos. Scragger viu Qeshemi dar uma olhada em redor do campo. Os dois Faixas Verdes estavam esperando. Outros estavam agachados ao abrigo do vento, observando preguiçosamente. Agora ele não podia mais esperar.

— Bem, aga, eu preciso ir andando — disse, apontando para o 212 e depois para o céu. — Certo?

Qeshemi olhou-o estranhamente.

— Certo, por que certo, aga!

— Eu vou agora. — Scragger sacudiu os braços para mostrar que ia voar e manteve o sorriso forçado. — Mamnoon am, khoda haefez. — Obrigado, até logo. — E estendeu-lhe a mão.

O sargento olhou para a mão estendida e depois para ele, examinando-o com os seus olhos penetrantes. Então disse:

— Certo, até logo, aga — e apertou-lhe a mão com firmeza.

O suor escorria pelo rosto de Scragger e ele se controlou para não enxugá-lo.

— Mamnoon am, khoda haefez, agha. — Ele cumprimentou Ali Pash, desejando que aquilo fosse uma boa despedida, com vontade de trocar um aperto de mão com ele, mas não ousando abusar da sorte, então deu-lhe simplesmente um tapa nas costas ao passar por ele

— Até logo, meu filho. Felicidades.

— Feliz aterrissagem, aga — Ali Pash ficou olhando Scragger subir para a cabine e decolar, acenando ao se afastar. Ele acenou de volta, então viu Qeshemi olhando para ele. — Se o senhor me der licença, Excelência sargento, eu vou trancar tudo e depois vou até a mesquita.

Qeshemi balançou a cabeça, concordando, e tornou a olhar para o 212 que se afastava. Como eles são óbvios, estava pensando, o velho piloto e este jovem tolo. É tão fácil ler a mente dos homens se você for paciente e prestar atenção às pistas. É muito perigoso voar ilegalmente. Ainda mais perigoso ajudar estrangeiros a voar ilegalmente e ficar para trás. Loucura! Os homens são muito estranhos. Seja como Deus quiser.