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— Alto e maravilhosamente claro. Sejam todos bem-vindos. Mas onde está GolfHotelSierraVitorTango?

NO ESCRITÓRIO DE AL SHARGAZ: — Ele está atrás de nós, Sierra Um — estava dizendo Vossi.

Gavallan, Scot, Nogger e Starke estavam ouvindo pelo alto-falante do VHF na freqüência da companhia, com a freqüência da torre também sintonizada, todos muito conscientes de que qualquer transmissão poderia ser ouvida, especialmente o HF deles, por Siamaki em Teerã e Numir em Bandar Delam.

— Ele está alguns minutos atrás de nós, ele, ahn, ele mandou que viéssemos separados. — Vossi estava sendo propositalmente cuidadoso. — Nós, ahn, nós não sabemos o que aconteceu. — Então Scragger entrou na linha e eles todos sentiram a alegria na sua voz:

— Aqui é G-HSVT na sua cauda, portanto saiam da frente...

Os gritos de alegria ecoaram pela sala, Gavallan enxugou a testa e murmurou:

— Graças a Deus — doente de alívio, depois fez um sinal para Nogger:

— Vá andando, Nogger!

Alegremente, o rapaz saiu e quase derrubou Manuela que, com o rosto preocupado, estava chegando na sala com uma bandeja de bebidas geladas.

— Scrag, Willi e Ed estão chegando — gritou no meio da corrida.

— Oh, que maravilha! — Ela disse e correu para a sala. — não é... — Ela parou. Scragger estava dizendo:

— ...estou só com um motor, portanto solicito uma aterrissagem direta, e é melhor providenciarem um carro de bombeiros, só por precaução.

Willi disse imediatamente:

— Ed, faça um 180 e junte-se a Scrag, ajude-o a pousar. Como você está de gasolina?

— Tenho bastante. Já estou indo.

— Scrag, aqui é Willi. Eu vou providenciar o pedido de pouso direto. Como você está de gasolina?

— Tenho bastante. HSVT, hein? Isto é muito melhor do que HASVD! Eles ouviram a gargalhada dele e Manuela sentiu-se melhor.

Para ela a tensão daquela manhã, tentando controlar os seus temores, tinha sido terrível, ouvindo as vozes tão distantes e no entanto tão próximas, todas elas pertencentes a pessoas que ela gostava ou amava ou odiava — as do inimigo:

— É isso que eles são — ela dissera furiosa, há poucos minutos atrás, quase chorando porque o seu amigo Marc Dubois e o velho Fowler tinham desaparecido, desaparecido e oh, meu Deus, podia ter sido Conroe e pode haver outros: — Jahan é inimigo! Siamaki, Numir todos eles são, todos eles. — Então Gavallan dissera gentilmente:

— Não, Manuela, eles não são inimigos, não de verdade, estão só fazendo o seu trabalho... — Mas isso apenas enfurecera-a ainda mais, somando-se à sua preocupação pelo fato de Starke estar ali e não na cama do hospital, tendo sido operado apenas na noite passada, e ela tinha explodido:

— Isso é só um jogo para vocês, Turbilhão é só um maldito jogo para todos vocês! Vocês são um bando de garotos metidos a heróis e... e... — Então ela tinha corrido para fora da sala, ido para o banheiro e chorado. Quando a crise passou, ela deu um carão em si mesma por ter perdido o controle, lembrando que os homens eram estúpidos e infantis e que nunca mudariam. Então assoou o nariz, refez a maquilagem, arrumou o cabelo e foi apanhar as bebidas.

Manuela pousou a bandeja sem fazer barulho. Ninguém a notou.

Starke estava no telefone falando com o controle de terra, explicando quais as providências necessárias. Scot estava no VHF:

— Nós vamos cuidar de tudo, Scrag — disse Scot.

— Sierra Um, como vão as coisas? — Scragger perguntou. — Os seus Deltas e Kilos?

Scot olhou para Gavallan. Gavallan inclinou-se para a frente e disse com voz neutra:

— Delta Três vai bem, Kilo Dois... Kilo Dois ainda está no mesmo lugar, mais ou menos.

Silêncio no alto-falante. Na freqüência da torre eles ouviram o controlador inglês autorizando alguns pousos. Um pouco de estática. A voz de Scragger estava diferente agora.

— Confirme Delta Três.

— Confirmo Delta Três — disse Gavallan, ainda em estado de choque com as notícias sobre Dubois e o telex de Bahrain que Jean-Luc tinha dado pelo telefone há poucos minutos atrás, esperando uma explosão iminente da sua própria torre e do Kuwait. Para Jean-Luc ele tinha dito:

— Resgate aéreo no mar? É melhor chamarmos um Mayday.

— Nós vamos fazer o resgate, Andy. Não há mais ninguém. Sandor já saiu"para procurar. Assim que Rudi e Pop tenham reabastecido, eles também irão — eu planejei um esquema de busca para eles — depois eles irão diretamente para Al Shargaz como Sandor. Nós não podemos ficar por aqui, mon Dieux, você não pode imaginar como estivemos perto do desastre. Se ele estiver flutuando nós o acharemos. Há dezenas de bancos de areia para se pousar

— Isso não vai diminuir o alcance de vôo deles, Jean-Luc?

— Eles estarão bem, Andy. Marc não pediu um Mayday, então deve ter sido uma coisa repentina ou talvez o rádio dele tenha falhado ou mais provavelmente ele pousou em algum lugar. Há uma dúzia de possibilidades, ele pode ter pousado numa plataforma para reabastecer, se tiver pousado no mar, pode ter sido resgatado. Há várias alternativas, não se esqueça da ordem para manter silêncio no rádio. Não se preocupe, mon cher ami

— Estou muito preocupado.

— Alguma coisa sobre os outros?

— Ainda não...

Ainda não, ele pensou de novo e sentiu um arrepio.

— Quem é Delta Quatro? — Era Willi perguntando.

— O nosso amigo francês e Fowler — Gavallan disse naturalmente, sem saber quem poderia estar ouvindo. — Contarei tudo quando vocês pousarem.

— Entendido. — Estática, e depois — Ed, como você vai indo?

— Muito bem, Willi. Subindo para trezentos e indo bem. Ei, Scrag, qual é o seu rumo e a sua altitude?

— 142, duzentos, e se você abrir os olhos e olhar para duas horas vai me ver porque eu estou vendo você.

Silêncio por um momento.

— Scrag, você fez isso de novo!

Gavallan se levantou para se esticar e viu Manuela.

— Olá, minha querida! Ela sorriu, meio insegura.

— Tome — ela disse, oferecendo-lhe uma garrafa — você tem direito a uma cerveja e eu sinto muito.

— Nada de desculpas, nenhuma. Você teve razão. — Ele a abraçou e bebeu, agradecido. — Oh, isto está bom, obrigado, Manuela.

— E quanto a mim, querida? — disse Starke.

— A única coisa que você vai conseguir de mim, Conroe Starke, é água e um puxão de orelha. — Ela abriu a garrafa de água mineral e entregou a ele, mas seus olhos estavam sorrindo e ela o acariciou de leve, amorosamente.

— Obrigado, querida — ele disse, sentindo-se muito aliviado por ela estar aqui, em segurança, assim como os outros, embora Dubois e Fowler ainda fossem uma interrogação e ainda faltassem muitos outros. Seu ombro e seu peito estavam doendo muito e ele estava ficando cada vez mais enjoado, com a cabeça latejando. O doutor Nutt tinha-lhe dado um analgésico e dissera a ele que faria efeito durante umas duas horas:

— Isto vai segurá-lo até meio-dia, Duke, talvez menos. É melhor você bancar a Cinderela do meio-dia ou se sentirá muito mal... poderá ter até uma hemorragia. — Ele olhou para o relógio: 12:04h.

— Conroe, querido, você não quer voltar para a cama, por favor? O olhar dele mudou.

— Que tal em quatro minutos? — Ele disse baixinho.

Ela enrubesceu com o olhar que ele lhe lançou, depois riu e enfiou-lhe as unhas de leve no pescoço, como um gato.

— Sério, querido, você não acha...

— Eu estou falando sério.

A porta se abriu e o dr. Nutt entrou.

— Para a cama, Duke, diga boa noite como um bom menino.

— Oi, doutor — obedientemente, Starke começou a levantar-se, mas não conseguiu da primeira vez, recuperou-se e ficou ereto, praguejando por dentro. — Scot, nós temos um walkie-talkie ou um rádio portátil com as freqüências da torre?

— Sim, é claro que sim. — Scot abriu uma gaveta e entregou-lhe o pequeno aparelho. — Nós manteremos contato com você. Você tem um telefone ao lado da cama?