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— Eu concordo, meu velho. Mas se não pudermos pagar por eles, você não poderá tê-los. Sinto muito, mas é isso. O mercado de ações enlouqueceu, mais do que o normal, está se refletindo no Japão e nós não podemos deixar que a Toda quebre aqui também.

— Talvez tenhamos sorte. Eu não vou perder os meus X63. Por falar nisso, você ouviu dizer que Linbar vai colocar Choy no conselho?

— Sim. Uma idéia interessante. — Isto foi dito de forma neutra e Gavallan não soube se ele estava a favor ou contra. — Eu soube disto indiretamente. Se tudo der certo hoje, você está planejando estar em Londres na segunda-feira?

— Sim. Vou saber melhor hoje ao pôr-do-sol, ou amanhã. Se tudo correr bem, vou até Bahrain visitar o Mac e depois vou para Londres. Por quê?

— Talvez eu precise que você cancele Londres e se encontre comigo em Hong Kong. Aconteceu algo muito estranho... com Nobunaga Mori, a outra testemunha que estava junto com Choy quando David MacStruan morreu. Nobunaga morreu queimado há dois dias na casa dele em Kanazawa, no campo, perto de Tóquio, em circunstâncias muito estranhas. Pelo correio de hoje, recebi uma carta muito curiosa. Não posso discuti-la pelo telefone, mas é muito interessante.

Gavallan prendeu a respiração.

— Então David... não foi acidente?

— Você vai ter que esperar até nos encontrarmos, Andy, ou em Tóquio ou em Londres, o mais cedo possível. Por falar nisso, Hiro e eu tínhamos planejado ficar em Kanazawa na noite em que Nobunaga morreu, mas na última hora não pudemos ir.

— Meu Deus, que sorte.

— Sim. Bem, tenho que desligar. Há algo que eu possa fazer por você''

— Nada, a não ser que consiga estender o meu prazo até domingo à noite.

— Ainda estou trabalhando nisso, não se preocupe. Sinto muito sobre Dubois, Fowler e McIver... aquele número em Tóquio receberá recados até segunda-feira.

Eles se despediram. Gavallan ficou olhando para o telefone. Scot entrou com mais notícias sobre possíveis pilotos e helicópteros, mas Gavallan mal ouviu o que ele disse. Teria sido assassinato, afinal? Cristo! Maldito Linbar e seus maus investimentos. De uma maneira ou de outra eu tenho que conseguir os X63, tenho que conseguir.

Outra vez o telefone. A ligação estava ruim e o sotaque da pessoa do outro lado era péssimo:

— Interurbano para effendi Gavallan a cobrar Seu coração deu um salto. Erikki?

— Aqui fala effendi Gavallan, pode completar a ligação. Pode falar mais alto, por favor, eu mal posso ouvi-lo. Quem está chamando?

— Um momento, por favor... Enquanto aguardava impacientemente, ele olhou para o portão perto do final da pista por onde o xeque e os outros passariam se Kasigi falhasse e houvesse a inspeção. Seu coração quase parou quando viu uma grande limusine com a bandeira de Al Shargaz se aproximando, mas o carro passou numa nuvem de poeira e uma voz do outro lado da linha, que ele mal podia ouvir, disse:

— Andy, sou eu, Marc, Marc Dubois.

— Marc? Marc Dubois? — Ele gaguejou e quase deixou cair o telefone, tapando um ouvido para escutar melhor. — Cristo! Marc? Você está bem? Onde você está? E Fowler está bem? Onde vocês se meteram? — A resposta foi incompreensível. Ele teve que fazer um esforço enorme para ouvir. — Diga de novo!

— Nós estamos em Kor al Amaya... — Kor al Amaya era uma plataforma enorme de petróleo, de um quilômetro de comprimento, que ficava na ponta do golfo, perto da boca do estuário de Shatt-al-Arab, que dividia o Irã do Iraque, a cerca de oitocentos quilômetros a noroeste. — Você pode me ouvir, Andy? Kor al Amaya..

NA PLATAFORMA DE KOR AL AMAYA: Marc Dubois também estava tapando um ouvido e tomando cuidado para não gritar. O telefone ficava no escritório do gerente, e havia muitos iraquianos e estrangeiros no escritório ao lado que podiam ouvir.

— Esta linha não é particular... vous comprenezi

— Entendi, pelo amor de Deus, o que foi que aconteceu? Vocês foram recolhidos?

Dubois certificou-se de que ninguém estava ouvindo e disse cautelosa mente:

— Não, mon vieux, o combustível estava acabando e, voilà, o petroleiro Oceanrider apareceu no meio da merde e então eu pousei lá, perfeitamente, é claro. Eu e Fowler estamos bem. Pasproblèmel E quanto aos outros, Rudi, Sandor e Pop?

— Estão todos aqui em Al Shargaz, todo mundo, o seu pessoal, o de Scrag, de Mac, de Freddy, embora Mac esteja em Bahrain no momento. Com vocês a salvo, o Turbilhão teve um resultado de dez em dez. Erikki e Azadeh estão a salvo em Tabriz, embora — Gavallan ia dizer que Tom estava arriscando a vida ficando no Irã, mas não havia nada que ele ou Dubois pudessem fazer, então disse alegremente: — Que maravilha vocês estarem em segurança, Marc. O seu helicóptero está em condições?

— É claro, eu, ahn, preciso apenas de combustível e instruções.

— Marc, você agora tem registro britânico... espere um segundo... é GHKVC. Apague os números antigos e coloque os novos. Tem havido o diabo e os nossos antigos anfitriões encheram o golfo de telex pedindo aos governos que apreendam os nossos helicópteros. Não desembarque em lugar nenhum.

Dubois ficou sério.

— Golf, Hotel Kilo Victor Charlie, entendi. Andy, le bon dieu estava conosco porque o Oceanrider tem registro libanês e o seu comandante é inglês. Uma das primeiras coisas que eu pedi foi uma lata de tinta, tinta... compreende?

— Compreendo, maravilhoso. Continue!

— Como ele estava indo para o Iraque, eu achei melhor ficar quieto e ficar aqui até falar com você e esta é a primeira oportunidade — Dubois viu o gerente iraquiano se aproximando. Então falou mais alto e em outro tom de voz: — Esta missão com o Oceanrider está sendo perfeita, sr. Gavallan e fico contente em dizer que o capitão está muito satisfeito.

— Certo, Marc, eu faço as perguntas. Quando ele vai terminar de fazer o carregamento e qual é o seu próximo porto?

— Talvez amanhã. — Ele cumprimentou gentilmente o iraquiano que se sentou atrás da sua mesa. — Devemos chegar em Amsterdã conforme o planejado. — Os dois homens estavam tendo dificuldade em escutar.

— Você acha que pode ficar aí até o fim da linha? É claro que pagaremos as despesas de frete.

— Não vejo por que não. Acho que você vai descobrir que esta experiência vai se tornar um trabalho permanente. O comandante viu como é conveniente poder ficar ao largo e ao mesmo tempo fazer visitas rápidas ao porto, mas francamente, os proprietários cometeram um erro ao pedirem um 212. Um 206 seria muito melhor. Acho que eles vão querer um desconto. — Ele ouviu a gargalhada de Gavallan e ficou feliz. — Acho melhor desligar, só queria dar notícias. Fowler manda lembranças e se possível eu torno a telefonar quando estivermos passando por aí.

— Se tudo correr bem, não estaremos mais aqui. Os pássaros serão retirados amanhã. Não se preocupe, eu vou controlar todo o percurso do Oceanrider. Assim que você tiver passado por Ormuz e estiver fora do golfo, peça ao capitão para manter um contato por rádio ou telex comigo em Aberdeen. Está bem? Estou mandando todo mundo para o mar do Norte até nos organizarmos. Oh, você deve estar sem dinheiro, assine todas as notas que depois eu reembolsarei o capitão. Como é o nome dele?

— Tavistock, Brian Tavistock.

Entendi. Marc, você não imagina o quanto estou contente.

Eu também. À bientôt. — Dubois desligou e agradeceu ao gerente.

Foi um prazer, capitão o homem respondeu, pensativo. — Todos os grandes petroleiros vão ter o apoio de helicópteros?

— Não sei, m'sieur. Seria conveniente para alguns, não?

O gerente sorriu de leve, um homem alto, de meia-idade, com sotaque americano e treinado nos Estados Unidos.

— Há um barco patrulha iraniano vigiando, o Oceanrider. Curioso, não?

— Sim.

— Felizmente eles estão em águas iranianas e nós em nossas águas. Os iranianos acham que são donos do golfo Árabe, das nossas águas, das águas do Shatt, e do Tigre e do Eufrates até o seu nascedouro: Dois mil quilômetros.