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Moralidade:

Nações imperiais e dominadoras, expansivas, cuidado sempre com o papagaio!

A varina e a lógica

Quando as quatro varinas corriam em losango pela rúa e ao lado, a do avanço, loura e com olhos, deu com o instinto de troça contra o homem moço de barbas de velho que vinha tendo ar de sábio pelo passeio às avessas. E parou, e, instintivamente, os transeuntes pararam. E ela largou a mão de alto, de sobre a canastra, apontou para o homem e disse:

— Olhem para este barbaças.

Toda a paisagem humana riu junta.

O homem mogo de barbas velhas parou à beira do passeio como de um cais, olhou abstracamente a varina, e disse num tom triste:

— Bem se vê que foi tua avó que te pariu!

A varina estacou mais, corou, emudeceu com uns poucos de silêncios, e em torno rebentou, depois de um pouco, uma gargalhada do público já trespassado. Não se distinguía se a gargalhada era da resposta, se da confúsáo muda da varina loura.

O homem moço passou, levou as barbas de velho escondidas pelas costas viradas ao público que o aplaudira. Depois, num café, contou o episódio a um amigo. O amigo ouviu, riu, e depois não pôde rir. Por fim fez um gesto em que a face era envergonhada a medo.

— Você desculpe. Eu serei talvez estúpido, ou estarei estúpido hoje. Mas o que quer isso dizer?

— Não quer dizer nada, respondeu o outro. E aí é que está o golpe.

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Confundir é vencer.