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— Eu esperava que você me lambuzasse com mais protetor solar — digo, fazendo beicinho e colando os lábios nos dele.

— Sra. Grey, é um trabalho sujo… mas uma oferta que não posso recusar. Sente-se — ordena ele, a voz áspera.

Obedeço, e, em toques lentos e meticulosos de seus dedos fortes e dóceis, ele me cobre de protetor solar.

— Você é realmente linda. Sou um homem de sorte — murmura ele enquanto seus dedos deslizam sobre meus seios, espalhando a loção.

— Um homem de sorte, com certeza, Sr. Grey.

Fito-o recatadamente, piscando para fazer charme.

— Seu nome é modéstia, Sra. Grey. Vire-se. Vou passar nas suas costas.

Sorrindo, eu me viro, e ele desamarra o laço do meu biquíni escandalosamente caro.

— O que você acharia se eu fizesse topless, como as outras mulheres da praia? — pergunto.

— Desagradável — diz ele, sem hesitar. — Não ficaria muito feliz em ver você usando tão pouca roupa agora. — Ele se inclina e sussurra em meu ouvido: — Não abuse da sorte.

— É uma ameaça, Sr. Grey?

— Não. É uma afirmação, Sra. Grey.

Solto um suspiro e balanço a cabeça. Ah, Christian… meu Christian possessivo, ciumento e controlador.

Quando acaba, ele dá uma palmada na minha bunda.

— Pronto, lindeza.

O BlackBerry dele, onipresente e sempre ativo, toca. Faço um olhar de desaprovação e ele sorri maliciosamente.

— É confidencial, Sra. Grey.

Ele ergue uma sobrancelha, ameaçando-me de brincadeira, dá mais uma palmada na minha bunda e se acomoda na espreguiçadeira para atender à ligação.

Minha deusa interior ronrona. Hoje à noite talvez nós duas possamos fazer algum espetáculo exclusivo para ele. Ela sorri com malícia e astúcia, levantando a sobrancelha. Eu sorrio só de pensar nisso, e mergulho novamente em minha siesta vespertina.

* * *

MAM’SELLE? UN PERRIER pour moi, un Coca-Cola Diet pour ma femme, s’il vous plaît. Et quelque chose à manger… laissez-moi voir la carte.

Humm… O francês fluente de Christian me acorda. Meus cílios tremem à luz ofuscante do sol e percebo Christian me observando enquanto uma jovem uniformizada se afasta, a bandeja erguida, o comprido rabo de cavalo louro balançando provocativamente.

— Com sede? — pergunta ele.

— Sim — murmuro, sonolenta.

— Eu podia ficar apreciando você o dia inteiro. Cansada?

Fico vermelha.

— Não dormi muito na noite passada.

— Nem eu.

Ele sorri, pousa o BlackBerry na espreguiçadeira e se levanta. Sua bermuda abaixa um pouco… de uma forma que deixa visível o calção de banho. Christian tira a bermuda e o chinelo. Perco o fio do pensamento.

— Venha nadar comigo. — Ele oferece a mão e eu o admiro, entorpecida. — Nadar? — repete ele, inclinando a cabeça para o lado com uma expressão no rosto de quem está achando graça. Quando não respondo, ele balança a cabeça lentamente. — Acho que você precisa de um toque de despertar.

De súbito, ele se lança sobre mim e me ergue nos braços. Eu solto um grito agudo, mais de surpresa do que de medo.

— Christian! Ponha-me no chão! — exclamo.

Ele dá uma risadinha.

— Só na água, baby.

Na praia, vários banhistas observam, com um misto de perplexidade e desinteresse que agora percebo ser típico dos franceses, Christian me carregar para o mar, rindo, e entra na água.

Agarro o pescoço dele.

— Você não faria isso — digo, sem fôlego, tentando abafar o riso.

Ele sorri.

— Ah, Ana, meu amor, você não aprendeu nada sobre mim no curto espaço de tempo desde que nos conhecemos?

Ele me beija, e eu aproveito a oportunidade para deslizar os dedos por seu cabelo, agarrando duas mechas e retribuindo o beijo, invadindo a boca dele com minha língua. Ele inspira forte e se inclina para trás, os olhos embaçados mas atentos.

— Conheço o seu jogo — sussurra ele, e vagarosamente avança na água límpida e gelada, me levando junto enquanto nossos lábios se grudam de novo. O frio do Mar Mediterrâneo logo foge de minha mente quando me enrosco em volta do meu marido.

— Pensei que você quisesse nadar — murmuro contra sua boca.

— Você me distrai muito. — Ele roça os dentes no meu lábio inferior. — Mas não sei se quero que a boa gente de Monte Carlo veja minha mulher nos espasmos da paixão.

Passo os dentes pelo pescoço dele, sua barba por fazer pinicando minha língua; não dou a mínima para a boa gente de Monte Carlo.

— Ana — ele geme.

Christian enrola meu rabo de cavalo em volta de sua mão e puxa gentilmente, fazendo minha cabeça pender para trás, expondo assim meu pescoço. Ele salpica beijos desde a minha orelha até a base da clavícula.

— Posso trepar com você no mar? — pergunta ele, arquejando.

— Deve — sussurro.

Christian afasta o torso e me encara, os olhos ternos, desejosos e cheios de humor.

— Sra. Grey, você é insaciável, e tão atrevida! Que tipo de monstro eu criei?

— Um monstro sob medida para você. Você iria me querer de outra maneira?

— Eu iria querer você de qualquer maneira, você sabe. Mas não agora. Não com plateia. — Ele vira a cabeça em direção à areia.

O quê?

De fato, vários banhistas abandonaram a indiferença e agora nos olham interessados. De repente, Christian me pega pela cintura e me lança no ar, deixando-me cair na água e afundar até bater na areia macia por baixo das ondas. Volto para a superfície tossindo, engasgando e rindo.

— Christian! — repreendo-o, encarando-o com o olhar firme.

Pensei que fôssemos fazer amor no mar… mais uma primeira vez. Ele morde o lábio inferior, contendo seu divertimento. Jogo água nele, que revida jogando em mim.

— Temos a noite inteira — diz ele, rindo como um bobo. — Mais tarde, baby.

Ele então mergulha, emergindo a um metro de distância; depois, em um estilo fluido e gracioso, nada para longe da praia, para longe de mim.

Rá! Meu Cinquenta Tons provocante e brincalhão! Protejo os olhos do sol enquanto o vejo se afastar. Ele adora me provocar… O que posso fazer para trazê-lo de volta? Enquanto nado retornando para a praia, avalio minhas opções. Nas espreguiçadeiras, as bebidas que ele pediu esperam por nós, e tomo um gole rápido da Coca Diet. Christian é uma manchinha ao longe.

Hum… Eu me deito de bruços e, um pouco atrapalhada, tiro a parte de cima do biquíni e a jogo despreocupadamente sobre a espreguiçadeira de Christian. Prontinho… vamos ver como eu posso ser atrevida, Sr. Grey. Engula essa. Fecho os olhos e deixo o sol aquecer minha pele… aquecer meus ossos, e começo a divagar sob o calor, meus pensamentos voltando para o dia do meu casamento.

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— Pode beijar a noiva — anuncia o reverendo Walsh.

Sorrio para o meu marido.

— Finalmente você é minha — sussurra ele, puxando-me para seus braços e me beijando castamente na boca.

Estou casada. Sou a Sra. Christian Grey. Estou tonta de alegria.

— Você está maravilhosa, Ana — murmura ele, e sorri, o olhar brilhando de amor... e de algo mais escuro, mais picante. — Não deixe ninguém tirar esse vestido; só eu, entendeu?

Seu sorriso aquece a quase quarenta graus quando as pontas de seus dedos percorrem meu rosto, fazendo meu sangue ferver.

Ai, meu Deus... Como ele consegue fazer isso, mesmo aqui com todas essas pessoas olhando para nós?

Concordo em silêncio. Nossa, espero que ninguém nos ouça. Por sorte, o reverendo Walsh discretamente deu um passo para trás. Dou uma olhada para o grupo reunido em elegantes trajes de festa: minha mãe, Ray, Bob e os Grey estão aplaudindo — até Kate, minha dama de honra, que está linda em um vestido cor-de-rosa claro, ao lado de Elliot, irmão e padrinho de Christian. Quem diria que até Elliot pudesse se arrumar tão bem? Todos exibem sorrisos enormes e radiantes — menos Grace, que chora graciosamente em um delicado lenço branco.